Seminário Internacional Biblioteca Viva começa falando em ética e oportunidades em IA
Postado em 10 DE setembro DE 2024
O primeiro dia do Seminário
Internacional Biblioteca Viva, que está em sua 15ª edição, começou trazendo
discussões profundas sobre “Inteligência Artificial: Caminhos para inovação,
colaboração e inclusão”, eixo que conduz toda a programação. A abertura oficial
foi marcada por discursos dos representantes das instituições Goethe-Institut
São Paulo, Embaixada da França, SP Leituras e Secretaria da Cultura, Economia e
Indústria Criativas do Estado de São Paulo, que enfatizaram o papel das bibliotecas como centros de
inclusão e inovação social, trazendo para o debate as formas que as bibliotecas
podem usar com ética e responsabilidade as tecnologias para avançar em sua
missão social.
Logo após a abertura, a primeira palestra do dia, conduzida por Marcus
Rei, coordenador do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo
(SisEB), no âmbito da Unidade de Difusão Cultural, Bibliotecas e Leitura da
Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo,
explorou os 40 anos
de atuação da instituição para inspirar, fortalecer e transformar as 1.448
bibliotecas/salas de leitura de acesso público cadastradas no território
paulista.
Em seguida, foi a vez da
mesa-redonda "Inteligência a serviço da inteligência - As bibliotecas no tempo
da IA". Frank Seeliger, da Biblioteca da Universidade de Wildau, e Philippe
Colomb, do Comitê Francês Internacional de Bibliotecas e Documentação, trouxeram
as perspectivas do tema na Alemanha e na França, respectivamente. Segundo eles,
precisamos olhar com criticidade para as promessas da IA e atender os usuários
com informações seguras. A atividade contou com mediação de Valéria Valls
(FESPSP e CFB). O público foi engajado a pensar como os profissionais de
bibliotecas podem ser os protagonistas da curadoria de informações.
Na etapa seguinte, Tamires
Conceição (SEBP-BA) e Laura Niembro (FIL Guadalajara, México) revisitaram questões cruciais sobre
Inteligência digital na gestão e organização de eventos literários. Para
Niembro, a IA pode sim trazer melhorias para as experiências, mas ainda é mais
uma promessa do que realidade ao se referir aos eventos culturais. Essas ferramentas
deixam, muitas vezes, talentos que não estão no mainstream fora dos holofotes.
Um dos pontos marcantes do evento
foi a discussão sobre IA e tendências futuras nas bibliotecas, que contou com a
participação de Beth Ponte (Deck Inteligência Digital para Cultura), Leonardo
Assis (USP) e Silvana Vidotti (Unesp) e mediação de Letícia Fagiani (SP
Leituras). A mesa-redonda provocou uma reflexão importante do papel da biblioteca como um componente essencial das sociedades do conhecimento, e por
isso precisa se adaptar continuamente aos novos meios de comunicação para
cumprir com sua função de fornecer acesso universal à informação e permitir que
todas as pessoas possam fazer uso significativo dela.
As diferentes perspectivas
apresentadas enriqueceram o debate, abordando desde oportunidades e ameaças até
curiosidade e cuidados com as tecnologias emergentes, com ênfase nas soluções
criativas para os desafios enfrentados pelas bibliotecas.
No entanto, uma das falas mais impactantes veio de Philippe Colomb, do Comitê Francês Internacional de Bibliotecas e Documentação, logo no início do Seminário - que afirmou: “ler um bom livro não pode ser substituído por nada”.
Durante o intervalo das palestras, os participantes puderam explorar
sessões de pôsteres digitais e atividades paralelas, como a intervenção
artística de Camila
Genaro.
O primeiro dia do evento deixou claro que as bibliotecas estão em
constante evolução, com discussões que apontam para uma necessidade urgente de
adaptação às novas demandas sociais e tecnológicas. Com uma programação
intensa, o evento promete continuar trazendo à tona
reflexões importantes sobre o futuro desses espaços. Amanhã, os debates
continuam.
O 15º Seminário Internacional Biblioteca Viva é promovido pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, pelo Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (SisEB) e pela SP Leituras – Associação Paulista de Bibliotecas e Leitura e vai até a quinta-feira, dia 12 de setembro.
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